sexta-feira, 29 de agosto de 2008
para lá do medo
na noite cálida que lavrou o tempo, o cálice ergueu-se pingando o vinho e tilintou nas esperanças da recusa de eternidade. a velhice saiu à rua e gritou aos ouvintes incrédulos a impossibilidade de regressar a casa. à casa dos teus avós. à genealógica euforia do devir. o mar entranhou-se, sem estranhezas, na confusão dos espíritos perplexos e aspergiu gritos de aflição na vizinhança amortalhada: a reacção foi desproporcionada à acção. gente, que ninguém soube de onde vinha, envolveu-se na contenda do cálice e das palavras. abafaram-se ideias de lucidez feroz. louca. os amigos enervam-se quando nascem profetas fora de prazo. profetas que conhecem os meandros das consciências estagnadas. das consciências marcadas pela violação dos direitos adquiridos no super mercado da sabedoria empacotada.
sábado, 23 de agosto de 2008
estratégias de fuga impossível
as noites consomem-se na loucura das insónias transbordantes. para lá do medo aparecem, por detrás das cortinas do silêncio, caminhos que convidam a simular estratégias de fuga impossível.
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