domingo, 7 de abril de 2019

esculturas de lixo

estranhos tempos estão encantando
o coração das cidades, as guelras dos peixes
emergindo das redes sociais,
saudando o ódio que nos enforma
e conduz, as esculturas de lixo
rasgando a pele de animais degolados
ao entardecer, sangrando palavras

inertes


Conheci, já lá vão muitos anos, um homem que construiu um barco dentro de casa. Quando terminou a obra concluiu que esta não cabia pela porta, nem sequer pelas janelas. Fez dele cama. Passou a ser conhecido em Tavira pelo "arquiteto sem medidas".
P.S. Diz-se, e se calhar maliciosamente, que nunca mais lhe faltou companhia na cama. Alegre e diversificada.